terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Filtro solar - mitos e insegurança

Os anos 1970 no Rio de Janeiro se caracterizaram pelo intenso culto ao corpo bronzeado, magro, pobre em músculos. O sol era o melhor amigo da mulher e as marquinhas das alças do biquini, sinal de estar frequentando a ociosidade da praia intensamente. Era bacana mudar a cor da pele mesmo que isto resultasse em queimaduras acidentais de primeiro e segundo graus, com  vermelhidão e bolhas. Remover a casca esturricada um troféu de um verão bem vivido e um prazer para ser degustado lentamente.
Ao final desta década e inicio dos anos 1980, apareceram os primeiros protetores solares, ainda tímidos, com fator de proteção, o famoso FPS em torno de 8 ou, máximo, 15. Agora sim! A busca pela cor idealizem descascar tornou-se uma arte - depois de cozinhar ao sol por preciosos minutos, aplicavasse o protetor de proteção suave pois afinal na Copacabana daquela época, ficar branco não estava nos planos da maioria. 
Os anos passaram, a cultura do bronzeado perfeito amainou, permitindo- se o livre arbítrio dos branqueais incuráveis. Os protetores evoluíram se tornaram mais abrangentes, protegendo também contra o ultravioleta A, vilão do câncer de pele ao lado do UVB.  A cultura de se medir a proteção pelo FPS continua e infelizmente, esta proteção refere-se apenas a DEM - dose eritematosa mínima  - ou seja, aumento a nossa capacidade de não ficar vermelhos por mais tempo devido a ação do UVB. 
A indústria da proteção solar avança a passos largos, mas não informam na bula ou nas propagandas que esta pretensa  proteção é limitada e não tão eficaz na prevenção do câncer de pele, pois afinal a melhor proteção  contra o câncer de pele decorrente do sol é não pegar tanto sol.